A empresa norte-americana MissionGo, especializada em logística de transporte de última geração, anunciou a realização de dois voos autônomos históricos. Utilizando drones, foi feito o transporte de rins e córneas através do deserto de Nevada, no oeste dos Estados Unidos.
O primeiro voo percorreu cerca de 3 quilômetros, em um transporte de córneas para pesquisa, entre dois hospitais, em apenas 5 minutos. Mas foi o segundo, transportando rins, que foi considerado histórico por quebrar o recorde de voo de entrega de órgãos mais longo realizado por veículos aéreos não tripulados (VANTs).
Entregas de “baixo contato” utilizam equipes reduzidas (Fonte:MissionGo/Divulgação)Fonte: MissionGo.
Esse segundo voo saiu de um aeroporto em Las Vegas em direção a uma pequena cidade no deserto, no dia 17 de setembro. Durando apenas 25 minutos, a missão percorreu aproximadamente 16 quilômetros até pousar com segurança em seu destino. O recorde anterior havia sido estabelecido em abril de 2019, quando um paciente recebeu, pela primeira vez na história, um rim transportado via drone.
Os dois voos ainda foram considerados testes, pois os órgãos não eram esperados por pacientes, mas sim por cientistas que fariam pesquisas. No entanto, os testes foram realizados para assegurar que a tecnologia, inicialmente desenvolvida para fins militares, possa também ser utilizada num futuro próximo para salvar vidas.
Além de garantir a rapidez e a segurança do voo, esses experimentos serviram para realização de entregas chamadas de “baixo contato”. Isso significa utilizar uma equipe reduzida para fazer o transporte, diminuindo com isso o número de pessoas a ter contato direto com os órgãos. O protocolo utilizado visa agilizar o processo, e torná-lo mais seguro, antes de um transplante real.
Quem acompanhou o noticiário de tecnologia durante os últimos anos pôde conferir em primeira mão todo o processo de popularização dos drones. Esses veículos não tripulados chegaram ao mercado e rapidamente mostraram que podem ter diversas funções, seja tirando fotos e fazendo filmagens a distância ou entregando encomendas.
Mas isso não significa que o uso dos drones ficou limitado a essas situações. Não demorou para que os donos desses aparelhos começassem a apostar corridas entre si, criando uma competição que combina esporte e tecnologia em uma categoria de disputa totalmente nova e que está sendo praticada de forma profissional em diversos países.
Ainda não entendeu como funciona essa modalidade? Nada como observar um exemplo em vídeo para ter ideia de todo o apelo da competição. Essa visão em primeira pessoa que você confere abaixo é a mesma que os pilotos têm durante a corrida, utilizando dispositivos de realidade virtual para aumentar a imersão.
Como você pode ver, as corridas não são um simples voo indo do ponto A ao ponto B. É preciso enfrentar uma série de obstáculos ao longo do percurso e tomar muito cuidado, pois qualquer acidente pode danificar o aparelho e tirar o competidor da disputa. Isso é ótimo para o público porque resulta em manobras empolgantes e desvios cheios de estilo a mais de 160 km/h.
A maior corrida de drones que o Brasil já viu
Mas a melhor parte é que os brasileiros vão poder conferir toda a emoção da corrida de drones de pertinho. A partir de maio, acontecerá a Icarus Drone Race, competição que vai colocar os melhores pilotos de drone do país frente a frente na disputa pelo título.
O primeiro circuito será o Desafio do Furacão, nos dias 4 e 5 de maio, na Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Será o maior evento de corrida de drones do Brasil e o primeiro do tipo no país a ser realizado em uma arena esportiva desse porte. Os ingressos podem ser adquiridos no site do Athletico Paranaense, parceiro dessa iniciativa.
Mas espere aí, porque tem mais.
Cosplay, games e espaço para crianças
O Desafio do Furacão é apenas o destaque de um evento cheio de outras atrações. O local estará repleto de atividades para todos os gostos, incluindo concurso de cosplay, arena gamer e até mesmo um espaço para crianças com jogos de boliche, apresentações de palhaços e futebol com drones. Você ainda terá a chance de participar de oficinas de montagem de drones.
No sábado (4), a noite será animada por um festival de música eletrônica, com o circuito iluminado se transformando em uma pista de dança para o público. Cosplayers terão acesso gratuito a todas as atividades, e sócios do Athletico podem adquirir os ingressos com desconto.
Quem mora em outras cidades não vai precisar esperar muito. Esse é apenas o primeiro circuito da Icarus Drone Race Brasil; as próximas etapas acontecerão em Salvador (agosto), Brasília (setembro), Belo Horizonte (outubro) e Rio de Janeiro (dezembro).
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/mercado/140702-funciona-corrida-drones-ela-tao-empolgante.htm
O Brasil ainda não exige habilitação formal, mas interessados devem buscar qualificação.
Já passamos do tempo em que pilotar pequenas aeronaves era coisa de criança. Desde 2017, a antiga brincadeira virou profissão com a primeira regulamentação do uso de drones no Brasil pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Desde então, 80 mil dispositivos são reconhecidos pela agência reguladora, sendo 35.144 deles voltados para o uso exclusivo das indústrias.
Criado em 1977 pelo engenheiro espacial israelita Abraham Karem, o drone foi inspirado em um modelo de bomba voadora usado pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, a chamada “buzz bomb”. Na época, o criador afirmou que foram necessárias 30 pessoas para comandar a aeronave no céu – o que desestimulava o seu uso pelas empresas e pela população em geral. Quatro décadas depois, no entanto, o negócio se tornou bilionário e viral – serão 5 milhões de dispositivos vendidos no planeta até 2025 e um faturamento de cerca de US$ 15,2 bilhões por ano, segundo a consultoria Gartner.
Diante dessa realidade, a profissão de piloto de drone foi apontada como um dos trabalhos do futuro pela Robert Half, empresa especializada em recrutamento. Além das inúmeras possibilidades de atuação, o trabalho também inclui benefícios para quem contrata o serviço. “Antes da possibilidade de olhar o mundo através de drones, a realização de inspeções envolvia uma série de recursos, deslocamentos de profissionais e uma grande preocupação com as questões de segurança do trabalho. Atualmente, um piloto com seu drone pode fazer esse trabalho de forma ágil e segura a um custo muito menor”, explica Marcelo Quinderé, CEO da WillFly, plataforma de transmissão virtual por drone.
O que faz um piloto de drone?
Não é clichê dizer que o céu é o limite quando se trata da abrangência da profissão. Hoje, os especialistas estimam que essas aeronaves não tripuladas pilotadas remotamente já são utilizadas com grande aceitação pelos setores da construção civil, segurança, agricultura, topografia, mídia, marketing, imobiliário e turismo. “O uso dos drones está se disseminando pelas atividades produtivas”, destaca Flávio Lampert, diretor da ABM (Associação Brasileira de Multirrotores). “A função mais comum envolve a produção de imagens e fotos aéreas para aerolevantamento, inspeções de estruturas, monitoramento agrícola, segurança pública e transmissão de esportes. Entretanto, a todo instante surgem novas aplicações”, completa.
Hoje, em território nacional, as áreas mais exploradas são a da agricultura e da construção civil. O Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola) estima que existam atualmente 1.500 drones operando no campo. Sua principal função nesse contexto é o mapeamento das lavouras e a detecção de animais ou plantas daninhas. Além disso, uma pesquisa pública realizada pela Anac no final de julho estuda a possibilidade de implementação de drones para a pulverização de insumos – técnica utilizada em grande escala na China. Já na construção civil, o aparelho serve principalmente para a coleta de imagens com fins de auditorias e fiscalização, tanto para grupos privados quanto para o poder público.
Outro destaque apontado pelos especialistas é a indústria de eventos. Na abertura da Olimpíada de Tóquio, por exemplo, 1.824 drones foram usados no lugar de bailarinos para formar imagens no céu. Na penúltima edição do Rock in Rio, em 2017, 100 aeronaves sobrevoaram o local durante nove minutos para animar a plateia e coletar a imagem panorâmica que é exibida nos telões. Nesse setor, as máquinas também vêm sendo usadas em jogos de futebol e até casamentos de luxo, para aqueles noivos que não querem perder um ângulo sequer da cerimônia.
“Os pilotos e especialistas do setor podem atuar como profissionais liberais, empreendedores e também como funcionários de empresas que contratam o serviço. O que muda é o nível de qualificação exigida, a técnica envolvida e o tipo de aeronave necessária”, diz Leonardo Minucio, diretor técnico da Futuriste, empresa de assistência de drones.
Hoje, em território nacional, as áreas mais exploradas são a da agricultura e da construção civil.
Como se tornar um piloto de drone?
Hoje, o Brasil não possui uma documentação oficial para os pilotos de drone, como um diploma ou uma carteira de habilitação. No entanto, existem algumas exigências para o uso do equipamento, como ser maior de idade e possuir um cadastro junto ao DCEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). “Também é necessário possuir a homologação da Anatel, o cadastro no dispositivo na Anac, fazer o registro de cada operação de voo no sistema SARPAS (Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas) e contratar um seguro específico, além de providenciar um documento que ateste o risco operacional para o voo que está sendo executado”, explica Lampert.
Os interessados devem procurar um curso que aborde as técnicas e o uso do aparelho. Algumas instituições oferecem módulos separados dependendo do objetivo do piloto, incluindo especialidade em mapeamento, inspeção de obras, manutenção e até empreendedorismo. Na Futuriste, o curso de oito horas de pilotagem avançada, por exemplo, custa R$ 899, enquanto a formação de 64 horas oferecida pelo Itarc (Instituto de Tecnologia Aeronáutica Remotamente Controlada) custa cerca de R$ 2.500. Já o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) possui um curso de 40 horas voltado para a inspeção de sistemas elétricos que custa R$ 480. Vale lembrar que a formação não é obrigatória para o uso profissional.
“Qualquer curso que o piloto desejar fazer é considerado como ‘curso livre’ e servirá somente para qualificação e aprimoramento individual. Muitas empresas oferecem ‘cursos de habilitação’, fazendo as pessoas acreditarem que as autoridades exigem esse aprendizado para que alguém seja um piloto de drone profissional, o que não é verdade. Trata-se de um golpe muito comum”, alerta o diretor da ABM.
Em relação ao investimento na máquina, os especialistas afirmam que o preço médio de um modelo profissional vai de R$ 5 mil a R$ 10 mil, podendo chegar a R$ 40 mil ou a R$ 100 mil no caso daquelas equipadas com tecnologia de ponta.
Por atuar frequentemente como profissional liberal, o salário do piloto de drone depende da quantidade e do tipo de serviços prestados no mês. “O valor médio de uma diária está entre R$ 500 e R$ 2.500, podendo chegar até a R$ 15.000 para drones equipados com sensores de alto valor agregado”, comenta Leonardo Minucio.
Demanda pela função só cresce
Considerado o maior mercado de drones na América do Sul, o Brasil possui um faturamento anual no setor estimado em US$ 373 milhões, segundo a Droneii, empresa alemã especializada em aeronaves do tipo. De acordo com ela, as compras do dispositivo no país devem continuar crescendo cerca de 11,3% ao ano até 2026 – número bem maior do que a média de países como Estados Unidos (6,8%) e China (9,7%).
Com novas regulamentações em curso na área da agricultura, a demanda por profissionais qualificados tende a aumentar nos próximos anos. Com mais de 60 milhões de hectares destinados às plantações, segundo o último Censo Agropecuário, o Brasil deve agregar cerca de 100 mil drones somente para o uso nas lavouras caso decida seguir os passos da China.
“Com o avanço da tecnologia e o crescente investimento em novos sensores e câmeras, os trabalhos estão se tornando cada vez mais precisos. O uso de inteligência artificial e a qualificação dos pilotos com certeza elenca a operação de drones como uma das profissões do futuro”, afirma o CEO da WillFly.
Ser um piloto de drones pode ser uma carreira divertida e lucrativa em um mercado de trabalho previsto para crescer.
Até pouco tempo atrás, pilotar drones era encarado apenas como um hobby. Agora no entanto, com drones se tornando peças importantes em diferentes segmentos, a necessidade de categorizar esse hobby como uma profissão, só cresce e a carreira de piloto de drones tem tudo para ser promissora.
Em um mundo onde um número cada vez maior de empregos está se tornando automatizado, uma carreira com grande potencial de crescimento é bem atraente.
Somando a isso, temos o interessante de passar os dias controlando o que parece ser um mini helicóptero de controle remoto. Po isso, não é de se surpreender que muitas pessoas no mundo todo estejam abandonando os empregos tradicionais para se tornarem pilotos de drones.
Como se tornar um piloto de Drone
Se você acha que os drones são aparelhos simples de manusear assim como um carrinho de controle remoto, está enganado. Apesar de um drone ser semelhante a um brinquedo ou videogame, as consequências das ações de cada piloto podem ser graves.
A possibilidade de queda sempre existe e isso oferece risco para quem está próximo do local, além de danificar um equipamento que pode custar até 100 mil Reais. Então, para se tornar um piloto de drones é preciso ter certas habilidades para manusear esses equipamentos tecnológicos, ainda que seja para uso recreativo.
Para se profissionalizar na área, você precisa realizar cursos de capacitação que aliam o conhecimento teórico e prático. Dessa forma, você aprende como pilotar um drone, conhece as especificações técnicas do aparelho, fica ciente da legislação que regulamenta o uso dos drones, entre outros tópicos.
Depois de adquirir esse conhecimento, é possível se tornar um piloto de drones e exercer as atividades da profissão com segurança e confiança.
Regulamentação da Profissão
Recentemente, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) criou regras para a utilização das aeronaves remotamente pilotadas (RPA`s), popularmente chamados de drones.
Assim como quem dirige um carro, para pilotar um drone também é preciso cumprir algumas etapas para conseguir a “carreira de motorista”. O primeiro requisito para comandar qualquer tipo de drone é que o piloto tenha mais de 18 anos.
Entre as regras que regulamentam a profissão, podemos destacar a obrigatoriedade de habilitação para os pilotos de drones de maior porte, isto é, equipamentos com mais de 25Kg.
Para equipamentos com menos de 25kg e que forem voar acima de 400 pés ( cerca de 120 metros), também é preciso emitir a licença e a habilitação.
Para conseguir essa habilitação é necessário fazer um teste de conhecimento e proficiência. Além desse documento, os pilotos precisam de um Certificado Médico Aeronáutico e registro de voo que são emitidos pela Anac.
Se você pretende se tornar um piloto de drone, é preciso saber como vai utilizar o equipamento e conhecer os detalhes da regulamentação. Assim, você pilota com tranquilidade e seguindo a lei.
Áreas de atuação
Os drones se tornaram ferramentas de negócios essenciais em muitos setores. Isso significa que um piloto pode atuar em diferentes áreas. Conheça as principais:
Filmagem e Fotografia
Uma das aplicações mais populares é a fotografia e a filmagem usadas para projetos de TV, cinema, produtoras de vídeo etc. Os drones são bem mais baratos do que o aluguel de um helicópteros por hora e conseguem captar imagens em espaços pequenos, urbanos ou até mesmo em lugares remotos.
Essa é uma área de especialização que requer muita experiência pois, além da capacidade para pilotar o drone, é preciso ter conhecimentos das técnicas de foto e vídeo.
A vantagem dessa área é que você pode trabalhar de diferentes maneiras: filmando para empresas de notícias, capturando clipes aéreos para um filme ou fazendo suas próprias imagens e vendê-las.
Agricultura
Os drones têm um grande potencial para coletar facilmente dados sobre as plantações. Seja para pesquisar hectares, verificar onde está o gado, umidade do ar, doenças, danos causados por tempestades ou outras funções úteis.
É por isso que a agricultura de precisão está cada vez adotando mais drones para auxiliar no dia a dia das fazendas. Por ser um dos setores que mais movimentam a economia brasileira, a agricultura é uma boa oportunidade de trabalho para os pilotos de drones.
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